segunda-feira, 19 de setembro de 2011

MASSÃO TAKEBAYASHI

Há algum tempo queria escrever uma história sobre os personagens... hoje um dia triste finalmente chegou a hora.... acredito ser uma história de como admirar e ser admirado por alguém em poucos segundos...

Sr. Massão 76 anos, um oriental de olhos puxados mas coração grande, capaz de envolver uma pessoa em poucos segundos com seu jeito de cativar..... morador do prédio onde moro, no segundo andar... quantas vezes cruzamos pelo elevador.. ele sempre  com um sorriso encantador me cumprimentava e logo chegava seu andar....

Sua simpatia me fazia comentar com uns amigos, que existia um casal de velhinhos no prédio que ao subir no elevador me passava tanto carisma, que mudava o dia para melhor.... se longe eles vinham caminhando devagar em sentido ao elevador era uma das pessoas que dava prazer em segurar a porta para ajudá-los a entrar e aproveitar a rápida subida...

Algumas pessoas geralmente enrolamos ou subimos correndo para não ter o desprazer de passar alguns segundos fechado com ela no elevador... até mesmo as escadas nessa hora parece ser uma boa opção... cinco andares para deixá-lo mais saudável...

            Carisma, mesmo não tendo existem formas de fazer pessoas gostarem de você, pode ser um sorriso, ou disposição, ou simpatia, ou surpreender, ou elogiar, ou encontrar o que gostam em comum, ou atenção, ou preocupar-se com... cabe a nós cativar o as pessoas em nossa volta.

            Sr. Massão e sua esposa me cativou por diversas vezes, algumas vezes cheguei a dar uma carona para feira do sábado de manhã... são lembranças que pretendo não esquecer....

Mas a partir de hoje não irei vê-lo, .... Pois ele sorridente subiu em outro elevador, de demorada subida onde Deus irá recepcioná-lo e as pessoas que estão com ele no elevador aproveitarão a viagem...


terça-feira, 5 de julho de 2011

Experiências

Em nossas vidas passamos por diversas situações, tanto familiar quanto profissionais que as vezes para poder chegar a algum lugar mais fácil, em minha opinião é preciso recuar, reconhecer alguns erros e voltar como se fosse o início.
As vezes é preciso pegar caminhos mais doloridos, e eu fiz uma dessas escolhas. Fui Coordenador de Recursos Humanos por três anos em uma empresa que me fez crescer profissionalmente, como pessoa, enriquecendo minha vida com diversas experiências entre pessoas. Mas chegou a um ponto que este crescimento não preenchia todos os espaços e uma nova oportunidade ­– um emprego público larguei mão de tudo conquistado para uma vida que deixaria de ter alguns privilégios e recomeçar do zero.
Não que eu esteja reclamando de minhas escolhas, mas talvez eu não estivesse preparado naquele momento emocionalmente, fisicamente e intelectualmente para assumir essa nova jornada.
Minha nova função é principalmente emitir faturas em campo, andando em rua de baixo de sol, chuva, frio, calor.... sem contar os cachorros atrapalhando...
No primeiro dia de trabalho após treinamento, foi em um feriado municipal dia 9 de Maio de 2011 – onde o prefeito antecipou a comemoração do aniversário da cidade para uma segunda-feira. Foi um dia terrível, debaixo de um sol escaldante minhas forças se esgotaram e eu tive que parar para refletir, se realmente aquilo valia pena.
No final do dia fui para casa com dores em todas as partes do corpo mal conseguindo andar e uma amiga do antigo emprego me chamou para o grupo de oração na igreja Divino Espírito Santo. Cheguei mais cedo teve oração do terço e o grupo. Não que eu seja um religioso fanático mas apenas quem viveu e sentiu aquele momento sabe como Deus age em nossas vidas. Foi uma experiência única e que me da forças para continuar, pois sei que agora tenho um longo caminho a percorrer.

Quando em seu coração sentir que não pode mais sozinho, peça a Deus e verá do que ele é capaz e lembre-se de agradecer.

A mão de Deus, vai escrever mais um de seus milagres, se você crer que hoje é tempo de vencer, acredite o céu diz que sim

Ave Maria cheia de graça...
Pai nosso que estais no céu.... (Apenas quem viveu sabe do que estou falando)

sábado, 23 de abril de 2011

Olhar e enxergar

Conta a historia de um funcionário da construção que não enxergava pois tinha catarata. Ele passou por duas cirurgias e cuidou para que seus olhos melhorassem. A visão dele melhorou, mas continuava não enxergando (não sabia ler e escrever).
As vezes penso como faria para me virar em um outro país como a China, deve ser difícil olhar as placas, códigos, letras e não entender nada do que se está escrito.
Um belo dia cheguei em uma obra para levar os holerites dos funcionários, e logo veio a pergunta com tom sarcástico. – Fábio, sabe quem é o novo engenheiro da firma?
Eu esperei a piada, não havia entrado nenhum engenheiro na firma.
E ao perguntar quem, veio à resposta: um funcionário que não sabia ler e escrever o mesmo da cirurgia, que mal sabia assinar seu nome e marcar a data no holerite.
Perguntei o porque dele ser o novo engenheiro da firma.
Ele havia começado a estudar, isso um senhor com seus quarentas e poucos anos pedreiro da construção civil que não sabia ler e escrever voltou a estudar. Para ele o principal e verdadeiro intuito era tirar a carteira de motorista, mas existem muitos fatores ai que vão agir como fator determinante em sua vida.
A partir desse dia todas as vezes que passava por ele, perguntava sobre os estudos e falava da importância de estudar. Em uma conversa com a diretoria, eles colocaram que queria presenteá-lo.
Logo de manhã ligamos no nosso fornecedor de papelaria e pedimos uma bolsa. Liguei para o encarregado da obra e pedi para que avisasse que era para aquele funcionário no final do dia ir para o escritório. Quando isso acontecia geralmente era “bucha”. Kkkk
Choveu a tarde todinha, e perto das 17:30 ele chegou com a cara preocupada, todo molhado e eu o chamei para a sala de reunião pois iríamos conversar com ele.
         As palavras foram mais ou menos assim: olha a empresa chamou aqui hoje porque esta sabendo que você começou a estudar, estamos orgulhosos de sua atitude e queríamos falar que com isso muitas portas irão se abrir em sua vida. Aquele senhor encheu os olhos de lágrimas, meio perdido ainda com a situação não estava esperando.
         Presenteamos com a bolsa e um cartão assinado pela diretoria, engenheiro, encarregados...... Ele abriu o presente e saiu com um sorriso meio que sem saber o que havia acontecido.
         Eu fiquei pensando, ele deve ter chego em casa e mostrado aquele “troféu” para sua esposa..... Com um orgulho que não cabia no peito.
         O reconhecimento das atitudes das pessoas deve ser feitos, são fatores que marcam na vida e o motiva a cada vez mais buscar por algo melhor. A visão não está até onde seus olhos podem ver e sim até onde seu coração pode sentir.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ALMA

Todos temos uma história para contar de uma viagem que fizemos que fica marcada para o resto da vida. A minha foi em Portugal e lá que conheci o Mosteiro de Alcobaça (onde muitos casais visitam o local para fazer juras de amor eterno em seu casamento). Lá estão enterrados os restos mortais de D. PEDRO I e D. INÊS DE CASTRO.
A história do principe D. Pedro I passa por volta do século XIV onde seu coração foi tocado por uma plebéia Inês, mas o rei D. Afonso IV não aceitou por ver a sucessão de seu trono “ameaçado”....
D. Afonso tentou armar uma “arapuca” dizendo que aceitaria Inês como princesa, mas D. Pedro pressentindo isso disse que não tinha nada com ela. Conta a história que D. Pedro e Inês se casaram escondidos (mas tiveram uma relação como amante), tiveram 3 filhos e foi o grande amor do futuro imperador.
Enquanto D. Pedro viajava o rei D. Afonso diante da notícia que os dois mantinham um relacionamento mandou cortar a cabeça da moça.
Levou algum tempo para filho e pai voltarem a conversar. Depois da morte de D. Afonso quando D. Pedro I assumiu o trono de Portugal construiu dentro do Mosteiro de Alcobaça dois túmulos um em cada ponta do Mosteiro um de frente para o outro.

Fez uma cerimônia de casamento com ela morta, coroando como rainha de Portugal e dando um beijo em sua mão. E em seu testamento colocou que era para ser enterrado neste mosteiro frente para o túmulo de D. Inês de onde foi colocado seus restos mortais, para quando chegar o dia do juízo final, quando eles levantarem verem um ao outro primeiro.
Muitos casais vão a esse mosteiro, afim de fazerem juras de amor.

“PROMETI GUARDAR AS PESSOAS ESPECIAIS EM MINHA ALMA E NÃO EM MEU CORAÇÃO. PORQUE UM DIA MEU CORAÇÃO DEIXARÁ DE BATER, MAS MINHA ALMA JAMAIS DEIXARÁ DE EXISTIR”.

domingo, 16 de janeiro de 2011

CANTO DA LIBERDADE

Meu pai é de uma típica família portuguesa, sempre muito quieto (sua natureza). Ele é um pai muito especial que amo incondicional, mas acho que em quase 28 anos de idade completos, meu pai nunca havia me contado uma história. Para não ser injusto, não que eu lembre. Hoje nós saímos e ele contou uma que valeu por muitas outras.
Nós fomos visitar minha avó por parte de mãe, e tinha um canário perto que cantava muito e mesmo na gaiola ele não parava de cantar como se quisesse falar algo. O canto era tão intenso que despertou na lembrança do meu pai uma história..
            Meu pai contou que meu avô que teve muitos pássaros durante toda sua vida, teve um que era muito especial e admirado por todos na região. Era um canário que vivia em uma gaiola e tinha um canto alto e cantava o dia inteiro.
            Afim de manter uma geração de pássaros cantantes, meu avô decidiu colocar uma fêmea na mesma gaiola afim de cruzarem.
            Meu pai conta que depois que ficaram juntos na gaiola o pássaro macho nunca mais cantou.            Um certo dia minha avó foi tratar dos pássaros e deixou a gaiola aberta e a fêmea fugiu.
            Nesse momento o pássaro preso cantava desesperado na gaiola, como se implorasse para fêmea voltar e a fêmea por sua vez ficou em uma árvore perto da casa. O pássaro macho cantava e voava por toda a gaiola tentando encontrar uma saída que o levasse até a fêmea.
            Minha tia mais velha colocou uma gaiola vazia aberta perto da árvore de onde a fêmea cantava, meio que perdida sem saber como voltar e outra gaiola com o canário que cantava desesperadamente. Depois de algum tempo a fêmea veio e entrou na gaiola vazia sozinha.

MORAL: Em alguns relacionamentos as vezes somos obrigados a abrir mão de muitas coisas para que seja uma relação longa e duradoura. A canário fêmea abriu mão de sua liberdade para ficar com quem ama.
A LIBERDADE NÃO ESTÁ NO LOCAL ONDE VOCÊ VIVE, E SIM COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR.